A única árvore no meio do deserto do Saara vital para as rotas comerciais e militares
A Árvore Ténéré, uma acácia solitária no deserto do Saara, tornou-se durante séculos um farol de vida e referência para viajantes No vasto deserto do Saara, onde a aridez e o silêncio dominam a paisagem, existia uma árvore que se destacava sozinha, sendo um farol de vida e esperança para os viajantes.
Esta árvore, conhecida como Árvore Ténéré, era uma acácia encontrada na região de Ténéré, no nordeste do Níger. Durante séculos, foi a única árvore num raio de 25 milhas (aproximadamente 4 quilómetros), o que lhe valeu o título de árvore mais solitária do mundo. A única árvore no meio do deserto do Saara vital para as rotas comerciais e militares A árvore Ténéré não foi apenas um símbolo de resiliência no ambiente inóspito do deserto, mas também desempenhou um papel crucial no comércio transsaariano e nas rotas militares. Estas rotas, que ligavam a África Subsaariana ao norte do continente, foram vitais para o intercâmbio de mercadorias como ouro, sal e escravos, bem como para a difusão de ideias e religiões. A árvore serviu de marco essencial para as caravanas que atravessavam o deserto, oferecendo um ponto de referência num mar de dunas e facilitando a navegação em terrenos traiçoeiros. A árvore mais solitária do mundo Além da função de marco geográfico, a Árvore Ténéré era ponto de encontro de comerciantes e viajantes. Sua sombra fornecia abrigo temporário do sol escaldante do deserto, tornando-se um ponto de descanso e socialização. A sua presença na paisagem sariana foi um lembrete da interligação das culturas e economias através do comércio trans-saariano. Infelizmente, em 1973, a árvore Ténéré foi derrubada por um motorista líbio, alegadamente bêbado. Este ato, embora aparentemente trivial, marcou o fim de uma era e a perda de um símbolo de resistência e unidade no deserto. Hoje, uma escultura de metal no local original da árvore e uma réplica em Agadez, no Níger, comemoram o seu legado e a importância histórica desta árvore única nas rotas comerciais e militares do Saara.
PODE LHE INTERESSAR
INTA Delta inicia propagação de sete clones de salgueiro crioulo para restauração ecológica no Paraná
Como resultado do trabalho de resgate, domesticação e registro realizado por Teresa Cerrillo, pesquisadora líder em Melhoramento Genético Salix, no âmbito dos Programas Nacionais de Genética e Recursos Florestais do INTA, iniciou-se recentemente a multiplicação e propagação de sete clones de salgueiro crioulo (Salix humboldtiana) registrados no Instituto Nacional de Sementes (INASE) pelo INTA Delta del Paraná.
O DNA das florestas: descobrem o que faz uma árvore resistir à seca
Equipe internacional, com participação do INTA e do Conicet, descobriu que a genética pode ser decisiva para que as árvores resistam melhor às secas
O país sul-americano que muda a construção graças a um material milenar e mega resistente: mais que o aço
Este material que cresce na América do Sul cria as construções mais resistentes e muda radicalmente o mundo da arquitetura Um material de construção específico tem sido usado há milênios por diversas culturas na América do Sul. Isto se deve à sua resistência estrutural que permite a criação de moradias, pontes e abrigos. A sua presença arqueológica mostra que foi um dos recursos construtivos mais valorizados em zonas sísmicas e húmidas.





















